"A Arte é anárquica na medida em que seu fazer é consequência de uma desordem na qual somos aproximados do caos - submissão ao sistema, ideias, sentimentos, comportamentos e realidades - encarcerados, a Criação e a Estética acabam com toda a disciplina que decodifica e reproduz as desigualdades, os discursos desumanos e fascistas!
O belo resiste!
Marta Moura
É um atravessamento da existência, seja a do artista ou de quem a contempla, criando um diálogo sensorial e aceitando a experiência que ela propõe quando apreciada.
Sem pincel e espátula, o corpo coberto de tinta rompe com os códigos fechados e permite que a Obra "desobre" em suas intensidades, afirmando assim a vida em experimentações, afetos afirmativos, corpos coletivos, que se dão nas relações que acontece fora e reverberam dentro do sujeito-eu e criado nesse devir.
O rigor presente no compromisso com a Obra faz com que minha subjetividade seja uma caixa de ferramentas e meus gestos possam criar mundos.
O processo criativo é ao mesmo tempo "questão-solução"
no porvir.
A Performance, o vídeo-arte, vídeo-dança, a fotografia permitem minha expressão, e ela faz com que exista sentido, sinto-me inteira, desejo e potência.
Marta Moura